Realidades fabricadas e brain rot — que força é essa que nos prende a esses ciclos de distração, insatisfação e vazio, incapazes de simplesmente parar e pular fora?
esse assunto me pega demais. eu entendo que num país como o nosso, tão desigual, a proposta de enriquecimento fácil seja muito tentadora. são tantos os discursos de “milionário antes dos 25” circulando por aí, mas quando você vai ver o “como”, tem sempre um golpe ou um trabalho irresponsável por trás. e eles simplesmente não se importam, o que interessa é ficar milionário. me pega também porque ainda estou por lá e não consigo (ainda) me ver fora por (ainda) acreditar que meu trabalho depende daquele canal. mas resisto e sigo fazendo do meu jeito. o engajamento cai, os stories tem poucas visualizações (quer dizer.. será? ou será só mais um padrão doido de comparação que cristalizei?), mas tem uma galera fiel que me acompanha de verdade e são meu totem pra quando a comparação chega e começa a me fazer querer sumir.
mas esses dias o dono da Meta disse que vai abolir as políticas de moderação de conteúdo… basicamente, tudo será permitido e quem dirá se o conteúdo é impróprio ou não somos nós. já prevejo uma bagunça e uma hostilidade chegando… aí não será mais possível tentar ficar apesar de.
seu texto me provocou bastante. remexeu muita coisa aqui. ainda não tenho conclusões, só mais dúvidas 😂 mas o que eu queria mesmo era estar nessa mesa tomando café e fofocando com vocês❤️🔥
Começo te contando que o que eu queria mesmo era ter você nessa mesa tomando um café coado, fofocando, proseando e imaginando novos possíveis caminhos, comadre.
Pensei em você várias vezes enquanto relutava com a ideia de escrever sobre esse assunto e, depois, enquanto pingava as palavras no papel. O motivo? Você, atravessando a minha vida diariamente, é uma das poucas saudades (são só três) que eu tenho da época que ainda estava por lá. Porque sei que se tem uma influenciadora que trabalha com a verdade e com o cuidado é você. Ainda assim, sinto mesmo, lá nas tripas, que essa dinâmica de produção e consumo exacerbado de conteúdo está alterando camadas muito profundas em nós, nos roubando o distanciamento necessário para conseguir separar o joio do trigo e para lembrar quem somos nós no meio de tudo isso.
Sei que a sua medicina (talvez, ainda) dependa de você estar lá e te admiro por fincar o pé e seguir fazendo a coisa do seu jeito. Espero, de coração, que essa remexida além de mais dúvidas, traga movimentos positivos.
me deixa bem feliz saber disso, V! ❤️🔥 eu sinto um incômodo quando leio porque também sinto as problemáticas de tudo isso lá nas tripas e ao mesmo tempo sigo ali. aí remexe tudo aqui dentro e começo a questionar. mas eu amo isso! porque é o que nos move a encontrar nosso lugar, nossa voz, nossas crenças! e eu amo te ler, amo sua voz escritora, você sabe!
o tarot e todas as formas de oráculo estão me dizendo que é um ano de mudanças. por isso, tô absorvendo e decantando, mas ainda não agindo (que desafio pra uma ariana hahaha). essa semente que você planta quando traz esse assunto também faz parte disso, eu sinto.
Que leitura incrível, vou indicar na minha próxima edição. Como designer de interiores tenho refletido sobre a constante pedida de um ambiente que seja "instagramavel". Me parece tão ridículo priorizar uma rede social na hora de criar um espaço, em vez de pensar noa inúmeros aspectos que podem o fazer agradável para a vida presente. Amei demais suas reflexões, e suspiro com suas narrativas radicais.
Poxa Téia, obrigada! Feliz em saber que ecoou aí. Imagino que como designer de interiores (aliás, que profissão mais linda) você já deve ter recebido cada pedido..
Teve uma época que eu trabalhei em um restaurante que foi decorado justamente com esse propósito, e depois de ter sido oficialmente eleito o mais instagramável da cidade as vendas quase dobraram, acredita? é muita, muita, muita piração. Achei tão lindo isso que você escreveu: "agradável para a vida presente", traduz as possibilidades de transformação de cada cômodo da casa para abrigar as necessidades do agora. Obrigada pela leitura atenciosa e por deixar seu comentário aqui. Um abraço apertado.
Poxa, que texto bom. Que texto IMPORTANTE! Eu tenho muito lugar de fala aqui: trabalho com uma influencer há quase sete anos e entendo totalmente tudo o que você falou, ponto por ponto. No fim do ano passado, em terapia, percebi que cansei. Tenho ficado cada vez menos tempo nas redes sociais no meu horário de descanso. Dei lugar ao crochê, à leitura e a simplesmente deixar a cabeça pensar sozinha. Tem me feito muito bem.
Ei Grecia, obrigada por contar um pouco do que está sendo vivido por você. Imagino que você já deve ter visto muitas dessas coisas que costumam ficar escondidinhas nos bastidores e imagino que isso deva trazer uma exaustão sem tamanho. Eu não consigo mais me ver lá dentro, mas entendo que para muita gente faz parte do ganha pão e não dá para simplesmente virar as costas e sair. De toda forma, fico feliz que você percebeu seu limite e nas horas de descanso tem se permitido arejar as ideias. Isso é gigante! Um abraço com afeto e obrigada pela leitura!
fiz esse movimento de abandonar o instagram no ano passado também e percebi o quanto ele suga a nossa energia e a nossa atenção. agora, sinto que tenho mais tempo para fazer coisas de que verdadeiramente gosto, minha escuta tem sido muito mais atenta e voltei a perceber as miudezas (tão relevantes e necessárias) do entorno.
é maluco como esse resgate da escuta mais atenta, do tempo mais dilatado onde dá tempo de fazer coisas prazeirosas, e da observação das miudezas vão voltando sem grandes esforços, de forma um tanto natural, né? Feliz em saber que você está vivendo tudo isso por aí, Pedro. Obrigada, mais uma vez, pela leitura e por deixar seu comentário aqui. Um forte abraço!
Adorei seu texto e reflexões. As pessoas viraram produto, uma pena. E elas vão e estarão sendo descartadas em breve, trocadas por outros, simples assim. Resta aos que tem um mínimo de senso critico ou a coragem de sair desse scrolling - que nem vc - de não serem fisgados ou até corrompidos a essa seita bizarra. Quem se mantém fiel a si, ao trabalho, processos e a vida real vai seguir firme e forte. Casa fake pra poder ser validada? Coitada dessa e de muitas outras.
Obrigada pela leitura e pelo comentário, Marcela. Sinto que cabe ao indivíduo mesmo, fazer suas escolhas e bancar o que nascerá delas. Cada vez mais importante se firmar na vida real, no nosso próprio ritmo e cuidar, com unhas e dentes, da nossa saúde mental. Como você disse - nos mantermos fiéis a nós mesmos. Um abraço em você!
Eu tenho pena principalmente das meninas das novas gerações, bombardeadas por rostos, corpos e vidas "perfeitas", ideais opressores que até pouco tempo atrás estávamos conseguindo implodir... Se até nós, mulheres adultas, temos que nos vigiar pra não sucumbir à mentira, imagina quem ainda está em formação de autoestima... Ótimo texto!
Penso a mesma coisa, Renata. Ainda mais agora que tenho uma filha e que vejo o quão desafiador já é, e continuará sendo, crescer nesse tempo onde há tamanho bombardeio de informação sobre a vida do outro. Fico aqui com os meus botões, já pensando o que é que eu preciso fazer e mudar nos meus hábitos para que ela comece a absorver desde já a certeza que ela, do jeitinho dela, é mais que suficiente. Obrigada pela leitura e pelo comentário. Um abraço em você!
Primeiramente, amei o texto!! ❤️❤️ Muito bem escrito, com ótimas reflexões.
No contexto de filhos crescendo nesse mundo: quando meu filho nasceu, uma das primeiras realizações que tive foi notar o quão mais infinitamente interessante e verdadeiro era o contato com os olhinhos dele mamando, do que o que aparecia na tela do celular. Isso me foi tão impactante, logo ali nos primeiros dias, que um intenso valor se cristalizou em mim: eu jamais (jamais!!) permitiria que telas ou conteúdos nos roubassem desse momentos humanos verdadeiros.
Isso foi há mais de uma década. E posso dizer, com orgulho, que em todo esse tempo, não houve uma ÚNICA vez em que tenha feito diferente do que me propus a fazer. No entanto, além de cada momento ser vivido em pleno foco, houve também benefícios colaterais que eu não tinha como prever na época.
Eu modelei um comportamento, uma conduta, de valorização da conexão humana sobre a conexão com o que rouba nossa atenção nas telas. Que ele absorveu, aprendeu e sempre praticou. Virou uma “regra” não escrita, nem imposta, mas praticada à risca: quando um fala com o outro, o que está na tela para. Na hora.
Como consequência, essa conexão está sempre sendo fortalecida. Enquanto a conexão com a tela se enfraquece.
Mas, igualmente importante: quando esse cultivo de relações humanas acontece, o diálogo e a confiança abrem portas para que conversas importantes sejam abordadas. Meu filho não tem celular. Nem tablet. Nem redes sociais. Nem WhatsApp. A única tela que utiliza, com supervisão, é a do computador, para jogar com amigos e assistir alguns vídeos.
Tudo isso foi conduzido de forma natural, com as devidas explicações sobre os riscos e danos dessa exposição a um digital que vive de aparências, que vicia a mente e distorce as percepções de mundo e de nós mesmos.
Ele não pede e não quer celular. Temos um à disposição, que ele não pega e não usa - serve apenas como “telefone reserva”.
Todos os amigos têm celular. Muitos estão nas redes sociais. Alguns têm canal no YouTube.
É quase inevitável que o sonho dessa geração seja ser YouTuber ou influencer. Por aqui essa conversa apareceu. Mas, novamente, como a conexão foi bem construída, ao invés de um embate, acontece uma conversa sobre a ilusão de sucesso passada por essas figuras, como funcionam as redes e os hits de dopamina barata, sobre os riscos da exposição de uma criança nesse universo (agora também tomado por IA). Fortalecemos ainda mais a conexão, enquanto também é construído pensamento crítico.
Em resumo: quando ele, inevitavelmente, entrar em contato com essas redes sociais, chegará até elas melhor preparado, com filtros adequados e capacidade de pensamento crítico para analisar o que está por trás do que é mostrado.
Não conheço nenhum método melhor para lidar com essa questão. Minha fórmula, que até hoje deu certo, é:
- modelar o comportamento que quer que a criança tenha (dar o exemplo)
- valorizar e praticar, incansavelmente, a conexão, a confiança e construção de auto estima
- praticar o diálogo
- informar
- fomentar pensamento crítico
Se te serve de um pouco de alívio, é um mundo complexo de se navegar com filhos, mas se a gente tem consistência no exemplo que dá e conduz o acesso a telas com parcimônia e inteligência, flui infinitamente melhor.
Mas não são só os influenciadores, certo? Existe uma epidemia de doença mental, e todo mundo tá se medicando, ou auto-medicando. Vai num hospital, num tribunal, numa empresa... até nas salas das universidades tá todo mundo mordiscando
Mais um texto seu que eu queria imprimir e sair colando nos muros das ruas de tão bom e expansivo que é!
Um pouco antes de Natal eu desinstalei o Instagram do celular, hoje só abro no computador quando preciso postar algum trabalho meu. Percebi que não sinto a menor falta.. porém dois dias atrás, entrei, postei o que precisava e quase me pego rolando o feed, mas como no Pc ele não é tão dinâmico, sai.
Outro mal daquele lugar é que, no meu caso, que deixei apenas para divulgação dos meus trabalhos, cai naquela ideia de que se posto, e depois de um tempo não tenho sequer uma dúzia de curtidas ou um comentário bom, quiçá um interesse de compra, eu já fico desmotivada, achando que a minha loucura de viver daquilo que eu faço é só ladeira abaixo.. é isso, essa régua de medição vinda do Instagram é um aborrecimento, é aquela sensação de nadar, nadar e morrer na praia..
Ai, conheço bem essa sensação amarga da frustração de compartilhar algo sobre o nosso trabalho, criar aquela expectativa de que haja interesse, esperar, esperar, esperar e nada.. o algoritmo nem entrega para os possíveis clientes. Por fim, ficamos com essa meia dúzia de likes, a sensação de estarmos perdendo tempo nosso tempo e o pior, começamos a questionar profundamente o valor daquilo que criamos. É puro veneno, né?
Feliz em saber que esse texto fez sentido por aí, Lizandra. Obrigada pela leitura atenta e por me escrever de volta. Um abraço apertado em você! v.
Que texto bom, Verbena. É tudo tão real, é muito fácil se ver "acreditando" nas narrativas que vemos online, porque elas são feitas pra isso mesmo, são roteiros criados "à la roteiro de postagens da boca rosa".
Essa semana mesmo, um amigo meu, que é grande amigo de uma influenciadora - que é bem conhecida e grande no online -, me contou que ele faz partes das postagens de "melhores amigos" dela no Instagram. Ele disse que ela constantemente posta stories para os "melhores amigos" chorando e falando que nada daquilo que ela comunica faz sentido para ela. Ela não queria estar ali, sendo vista daquele jeito, naquele personagem. Mas agora ela não consegue sair ou mudar a rota, porque ela ficou conhecida assim, a agência quer que ela continue assim, e muitas pessoas dependem dela, para que ela simplesmente largue tudo. E logo depois, os stories "abertos" dela já vêm com ela sorrindo e fazendo a personagem de novo , como se estivesse tudo muito bem.
Fiquei tão reflexiva com isso, como a indústria explora o criador e o consumidor, fiquei triste por ela.
Ficar sabendo desse tipo de coisa em primeira mão deixa a gente reflexiva mesmo, né Júnnia? É impossível não parar para pensar e questionar toda essa indústria. Fico triste também, por quem está desse lado aqui e também por quem está do lado de lá, preso nessa espécie de cativeiro de ouro, desejando parar mas sem conseguir abrir mão porque, querendo ou não, para muitos isso é uma fonte de renda que paga as contas e sustenta famílias. O buraco é profundo! Muito para pensar e escrever sobre.
Perfeito! Um dos grandes desafios para o autônomo hoje é precisar do Instagram e não se permitir ser engolido por ele e suas “obrigatoriedades”. O desafio de “aparecer” mas não aparecer totalmente, de ser vulnerável porém não se permitir ser. A quase impossível missão de viver uma vida “tranquila” em meio ao caos. É como se você quisesse silêncio mas você precisa vender na 24 de março. As vezes não tem escolha, o Instagram se tornou a grande lista telefônica dos dias atuais. Mas precisamos aprender a viver de forma mais tranquila em meio ao caos, sem se perder, sem ser levando com a correnteza. Esse pelo menos tem sido meu dilema.
Eu saboreei cada palavra desse texto! Que escrita prazerosa e que assunto extremamente necessário. Vou indicar na próxima edição da minha news também .
Eu tenho refletido tanto sobre o papel das redes sociais na construção da nossa realidade, percepção, opiniões e saúde mental que às vezes acho que estou sendo chata, batendo na mesma tecla em todo texto que escrevo.
Mas vejo que a única forma de sobrevier a isso é unir forças com quem também está falando disso e falar cada vez mais, conscientizar pessoas. E fico muito aliviada de ler um texto como esse! Que bom termos escritoras com textos tão incríveis trazendo verdades cruas e necessárias. Parabéns!
Eu tb tenho minhas pausas necessárias principalmente de Instagram, mas como fotógrafa eu ainda preciso dele. E mais que isso eu tb tenho o medinho de ficar por fora, quero saber dos shows, das exposições, ainda quero estar ali nem que seja menos. Bem menos.
E assim sigo, buscando o famoso equilíbrio e cuidando pra não apodrecer o cérebro.
No final das contas é isso que importa né, Regiani? Buscar aquilo que faz sentido para cada um de nós. Obrigada pela leitura e por deixar seu comentário aqui. Um abraço.
Que texto importante e potente! Como você mesmo disse, na maioria das vezes sabemos o quanto a plataforma nos empobrece (na concepção humana, financeira e mental) e mesmo assim continuamos nesse ciclo vicioso rolando os feeds. Não sei mensurar quantas vezes já pensei em hibernar minha conta, mas até o momento não havia conseguido. Espero que toda a potência tecida por você me proporcione o empurrão final pra essa atitude. Obrigada por tanto! 💫✨️
Que gostoso ler isso Elceline. Feliz que esse texto te encontrou e que ele possa vir a ser esse empurrão final. Sei que para muita gente o Instagram ainda faz sentido, mas eu sinto que os danos são grandes demais já que ele realmente nos vicia. Obrigada pela leitura e por deixar seu comentário aqui. Um abraço grande!
Uau, que texto bom! E que prazer descobrir seu trabalho, Verbena :) Com os últimos pronunciamentos do marquito (Mark Zuck…) eu fiquei me perguntando tanto “por que ainda estamos ali”? Me faltou resposta senão a inércia. Fui lá e deletei o app na metade do seu texto haha obrigada!
Ei Luiza! Ahhhh, que alegria saber que esse texto te encontrou e que te fez dar esse passo importante. As coisas por lá ficarão cada vez mais desafiadoras.
Feliz da vida em te receber aqui na Vagarosa, espero que você encontre um monte de nutrição nesse nosso acervo. Obrigada pela leitura e pelo comentário.
Esse texto me dá um pouco de esperança, percebo que aos poucos as pessoas estão começando a cansar, uma a uma. Em algum momento, acredito que a sociedade possa voltar a ser constituída de seres que pensam por si só, que não precisem mais se apoiar nas muletas da influência. Quem sabe, né? Em todo caso, serão a passos de formiga.
Eu tenho esperança também, confesso. Acredito muito nesse movimento formiguinha, uma a uma, as pessoas escolhendo voltar, de vez, para a vida acontecendo fora das telas. Obrigada pela leitura e por deixar seu comentário aqui. Um abraço!
Obrigada obrigada por mais esse bálsamo flecheiro. Por aqui tenho pensado em formas de não estar no Instagram e poder entregar/falar sobre/vender a minha medicina sem “precisar” estar lá. Já faço isso aqui, timidamente e esse ano farei mais, mas ainda me sinto como se “precisasse” estar lá, o que não é de nenhuma forma uma verdade.
De qualquer forma busco escolher publicar aquilo que realmente faz sentido compartilhar, e fico feliz quando do outro lado faz sentir, assim como acontece quando recebo comentários em meus Bálsamos aqui.
Intencionando com ainda mais força estar em uma mesa de café com você e ficar no mínimo 4 horas batendo papo! Haha
Ahhh querida! Espero de coração que esse ano seja um ano super próspero para a Bálsamo, que você consiga divulgar sua medicina por aqui e que seu cafofo cresça e alcance novos leitoras, para que você não precise estar por lá. Sinto que pelo andar da carruagem, permanecer criando conteúdo para o Instagram será cada vez mais desafiador e menos gratificante. To também intencionando um encontro e longas horas de prosa. Até quando você fica por essa Europa? Vai para algum outro canto depois da Espanha?? Aquele abraço apertado em ti!
Por agora tem sido gostoso compartilhar sobre a viagem, pois consigo atualizar quem está do outro lado do mundo e torcendo por mim.
Por outro lado, compartilhar sobre a minha medicina tem sido desafiador, não sei bem o como fazer, e às vezes nem quero, e tenho deixado assim por enquanto. Sem me pressionar e sempre pensando em novas formas de servir.
Sobre a viagem, minha passagem de volta é na metade de março. Estou pensando em fazer o Caminho de Santiago, um sonho antigo, antes de voltar, mas essa não é a melhor época. Pensando ainda nas possibilidades.... E você, volta quando?
esse assunto me pega demais. eu entendo que num país como o nosso, tão desigual, a proposta de enriquecimento fácil seja muito tentadora. são tantos os discursos de “milionário antes dos 25” circulando por aí, mas quando você vai ver o “como”, tem sempre um golpe ou um trabalho irresponsável por trás. e eles simplesmente não se importam, o que interessa é ficar milionário. me pega também porque ainda estou por lá e não consigo (ainda) me ver fora por (ainda) acreditar que meu trabalho depende daquele canal. mas resisto e sigo fazendo do meu jeito. o engajamento cai, os stories tem poucas visualizações (quer dizer.. será? ou será só mais um padrão doido de comparação que cristalizei?), mas tem uma galera fiel que me acompanha de verdade e são meu totem pra quando a comparação chega e começa a me fazer querer sumir.
mas esses dias o dono da Meta disse que vai abolir as políticas de moderação de conteúdo… basicamente, tudo será permitido e quem dirá se o conteúdo é impróprio ou não somos nós. já prevejo uma bagunça e uma hostilidade chegando… aí não será mais possível tentar ficar apesar de.
seu texto me provocou bastante. remexeu muita coisa aqui. ainda não tenho conclusões, só mais dúvidas 😂 mas o que eu queria mesmo era estar nessa mesa tomando café e fofocando com vocês❤️🔥
Começo te contando que o que eu queria mesmo era ter você nessa mesa tomando um café coado, fofocando, proseando e imaginando novos possíveis caminhos, comadre.
Pensei em você várias vezes enquanto relutava com a ideia de escrever sobre esse assunto e, depois, enquanto pingava as palavras no papel. O motivo? Você, atravessando a minha vida diariamente, é uma das poucas saudades (são só três) que eu tenho da época que ainda estava por lá. Porque sei que se tem uma influenciadora que trabalha com a verdade e com o cuidado é você. Ainda assim, sinto mesmo, lá nas tripas, que essa dinâmica de produção e consumo exacerbado de conteúdo está alterando camadas muito profundas em nós, nos roubando o distanciamento necessário para conseguir separar o joio do trigo e para lembrar quem somos nós no meio de tudo isso.
Sei que a sua medicina (talvez, ainda) dependa de você estar lá e te admiro por fincar o pé e seguir fazendo a coisa do seu jeito. Espero, de coração, que essa remexida além de mais dúvidas, traga movimentos positivos.
Um abraço enorme em você!
me deixa bem feliz saber disso, V! ❤️🔥 eu sinto um incômodo quando leio porque também sinto as problemáticas de tudo isso lá nas tripas e ao mesmo tempo sigo ali. aí remexe tudo aqui dentro e começo a questionar. mas eu amo isso! porque é o que nos move a encontrar nosso lugar, nossa voz, nossas crenças! e eu amo te ler, amo sua voz escritora, você sabe!
o tarot e todas as formas de oráculo estão me dizendo que é um ano de mudanças. por isso, tô absorvendo e decantando, mas ainda não agindo (que desafio pra uma ariana hahaha). essa semente que você planta quando traz esse assunto também faz parte disso, eu sinto.
outro abraço grande em você🫂♥️
coisa boa ler isso! que seja um vivo 2025 de belas mudanças então! beijo beijo
Que leitura incrível, vou indicar na minha próxima edição. Como designer de interiores tenho refletido sobre a constante pedida de um ambiente que seja "instagramavel". Me parece tão ridículo priorizar uma rede social na hora de criar um espaço, em vez de pensar noa inúmeros aspectos que podem o fazer agradável para a vida presente. Amei demais suas reflexões, e suspiro com suas narrativas radicais.
Poxa Téia, obrigada! Feliz em saber que ecoou aí. Imagino que como designer de interiores (aliás, que profissão mais linda) você já deve ter recebido cada pedido..
Teve uma época que eu trabalhei em um restaurante que foi decorado justamente com esse propósito, e depois de ter sido oficialmente eleito o mais instagramável da cidade as vendas quase dobraram, acredita? é muita, muita, muita piração. Achei tão lindo isso que você escreveu: "agradável para a vida presente", traduz as possibilidades de transformação de cada cômodo da casa para abrigar as necessidades do agora. Obrigada pela leitura atenciosa e por deixar seu comentário aqui. Um abraço apertado.
Poxa, que texto bom. Que texto IMPORTANTE! Eu tenho muito lugar de fala aqui: trabalho com uma influencer há quase sete anos e entendo totalmente tudo o que você falou, ponto por ponto. No fim do ano passado, em terapia, percebi que cansei. Tenho ficado cada vez menos tempo nas redes sociais no meu horário de descanso. Dei lugar ao crochê, à leitura e a simplesmente deixar a cabeça pensar sozinha. Tem me feito muito bem.
Ei Grecia, obrigada por contar um pouco do que está sendo vivido por você. Imagino que você já deve ter visto muitas dessas coisas que costumam ficar escondidinhas nos bastidores e imagino que isso deva trazer uma exaustão sem tamanho. Eu não consigo mais me ver lá dentro, mas entendo que para muita gente faz parte do ganha pão e não dá para simplesmente virar as costas e sair. De toda forma, fico feliz que você percebeu seu limite e nas horas de descanso tem se permitido arejar as ideias. Isso é gigante! Um abraço com afeto e obrigada pela leitura!
fiz esse movimento de abandonar o instagram no ano passado também e percebi o quanto ele suga a nossa energia e a nossa atenção. agora, sinto que tenho mais tempo para fazer coisas de que verdadeiramente gosto, minha escuta tem sido muito mais atenta e voltei a perceber as miudezas (tão relevantes e necessárias) do entorno.
é maluco como esse resgate da escuta mais atenta, do tempo mais dilatado onde dá tempo de fazer coisas prazeirosas, e da observação das miudezas vão voltando sem grandes esforços, de forma um tanto natural, né? Feliz em saber que você está vivendo tudo isso por aí, Pedro. Obrigada, mais uma vez, pela leitura e por deixar seu comentário aqui. Um forte abraço!
Adorei seu texto e reflexões. As pessoas viraram produto, uma pena. E elas vão e estarão sendo descartadas em breve, trocadas por outros, simples assim. Resta aos que tem um mínimo de senso critico ou a coragem de sair desse scrolling - que nem vc - de não serem fisgados ou até corrompidos a essa seita bizarra. Quem se mantém fiel a si, ao trabalho, processos e a vida real vai seguir firme e forte. Casa fake pra poder ser validada? Coitada dessa e de muitas outras.
Obrigada pela leitura e pelo comentário, Marcela. Sinto que cabe ao indivíduo mesmo, fazer suas escolhas e bancar o que nascerá delas. Cada vez mais importante se firmar na vida real, no nosso próprio ritmo e cuidar, com unhas e dentes, da nossa saúde mental. Como você disse - nos mantermos fiéis a nós mesmos. Um abraço em você!
Obrigada você, Verbena! Um abraço pra você também ☺️
Eu tenho pena principalmente das meninas das novas gerações, bombardeadas por rostos, corpos e vidas "perfeitas", ideais opressores que até pouco tempo atrás estávamos conseguindo implodir... Se até nós, mulheres adultas, temos que nos vigiar pra não sucumbir à mentira, imagina quem ainda está em formação de autoestima... Ótimo texto!
Penso a mesma coisa, Renata. Ainda mais agora que tenho uma filha e que vejo o quão desafiador já é, e continuará sendo, crescer nesse tempo onde há tamanho bombardeio de informação sobre a vida do outro. Fico aqui com os meus botões, já pensando o que é que eu preciso fazer e mudar nos meus hábitos para que ela comece a absorver desde já a certeza que ela, do jeitinho dela, é mais que suficiente. Obrigada pela leitura e pelo comentário. Um abraço em você!
Primeiramente, amei o texto!! ❤️❤️ Muito bem escrito, com ótimas reflexões.
No contexto de filhos crescendo nesse mundo: quando meu filho nasceu, uma das primeiras realizações que tive foi notar o quão mais infinitamente interessante e verdadeiro era o contato com os olhinhos dele mamando, do que o que aparecia na tela do celular. Isso me foi tão impactante, logo ali nos primeiros dias, que um intenso valor se cristalizou em mim: eu jamais (jamais!!) permitiria que telas ou conteúdos nos roubassem desse momentos humanos verdadeiros.
Isso foi há mais de uma década. E posso dizer, com orgulho, que em todo esse tempo, não houve uma ÚNICA vez em que tenha feito diferente do que me propus a fazer. No entanto, além de cada momento ser vivido em pleno foco, houve também benefícios colaterais que eu não tinha como prever na época.
Eu modelei um comportamento, uma conduta, de valorização da conexão humana sobre a conexão com o que rouba nossa atenção nas telas. Que ele absorveu, aprendeu e sempre praticou. Virou uma “regra” não escrita, nem imposta, mas praticada à risca: quando um fala com o outro, o que está na tela para. Na hora.
Como consequência, essa conexão está sempre sendo fortalecida. Enquanto a conexão com a tela se enfraquece.
Mas, igualmente importante: quando esse cultivo de relações humanas acontece, o diálogo e a confiança abrem portas para que conversas importantes sejam abordadas. Meu filho não tem celular. Nem tablet. Nem redes sociais. Nem WhatsApp. A única tela que utiliza, com supervisão, é a do computador, para jogar com amigos e assistir alguns vídeos.
Tudo isso foi conduzido de forma natural, com as devidas explicações sobre os riscos e danos dessa exposição a um digital que vive de aparências, que vicia a mente e distorce as percepções de mundo e de nós mesmos.
Ele não pede e não quer celular. Temos um à disposição, que ele não pega e não usa - serve apenas como “telefone reserva”.
Todos os amigos têm celular. Muitos estão nas redes sociais. Alguns têm canal no YouTube.
É quase inevitável que o sonho dessa geração seja ser YouTuber ou influencer. Por aqui essa conversa apareceu. Mas, novamente, como a conexão foi bem construída, ao invés de um embate, acontece uma conversa sobre a ilusão de sucesso passada por essas figuras, como funcionam as redes e os hits de dopamina barata, sobre os riscos da exposição de uma criança nesse universo (agora também tomado por IA). Fortalecemos ainda mais a conexão, enquanto também é construído pensamento crítico.
Em resumo: quando ele, inevitavelmente, entrar em contato com essas redes sociais, chegará até elas melhor preparado, com filtros adequados e capacidade de pensamento crítico para analisar o que está por trás do que é mostrado.
Não conheço nenhum método melhor para lidar com essa questão. Minha fórmula, que até hoje deu certo, é:
- modelar o comportamento que quer que a criança tenha (dar o exemplo)
- valorizar e praticar, incansavelmente, a conexão, a confiança e construção de auto estima
- praticar o diálogo
- informar
- fomentar pensamento crítico
Se te serve de um pouco de alívio, é um mundo complexo de se navegar com filhos, mas se a gente tem consistência no exemplo que dá e conduz o acesso a telas com parcimônia e inteligência, flui infinitamente melhor.
Espero que ajude aí.
Mas não são só os influenciadores, certo? Existe uma epidemia de doença mental, e todo mundo tá se medicando, ou auto-medicando. Vai num hospital, num tribunal, numa empresa... até nas salas das universidades tá todo mundo mordiscando
Mais um texto seu que eu queria imprimir e sair colando nos muros das ruas de tão bom e expansivo que é!
Um pouco antes de Natal eu desinstalei o Instagram do celular, hoje só abro no computador quando preciso postar algum trabalho meu. Percebi que não sinto a menor falta.. porém dois dias atrás, entrei, postei o que precisava e quase me pego rolando o feed, mas como no Pc ele não é tão dinâmico, sai.
Outro mal daquele lugar é que, no meu caso, que deixei apenas para divulgação dos meus trabalhos, cai naquela ideia de que se posto, e depois de um tempo não tenho sequer uma dúzia de curtidas ou um comentário bom, quiçá um interesse de compra, eu já fico desmotivada, achando que a minha loucura de viver daquilo que eu faço é só ladeira abaixo.. é isso, essa régua de medição vinda do Instagram é um aborrecimento, é aquela sensação de nadar, nadar e morrer na praia..
Ai, conheço bem essa sensação amarga da frustração de compartilhar algo sobre o nosso trabalho, criar aquela expectativa de que haja interesse, esperar, esperar, esperar e nada.. o algoritmo nem entrega para os possíveis clientes. Por fim, ficamos com essa meia dúzia de likes, a sensação de estarmos perdendo tempo nosso tempo e o pior, começamos a questionar profundamente o valor daquilo que criamos. É puro veneno, né?
Feliz em saber que esse texto fez sentido por aí, Lizandra. Obrigada pela leitura atenta e por me escrever de volta. Um abraço apertado em você! v.
Que texto bom, Verbena. É tudo tão real, é muito fácil se ver "acreditando" nas narrativas que vemos online, porque elas são feitas pra isso mesmo, são roteiros criados "à la roteiro de postagens da boca rosa".
Essa semana mesmo, um amigo meu, que é grande amigo de uma influenciadora - que é bem conhecida e grande no online -, me contou que ele faz partes das postagens de "melhores amigos" dela no Instagram. Ele disse que ela constantemente posta stories para os "melhores amigos" chorando e falando que nada daquilo que ela comunica faz sentido para ela. Ela não queria estar ali, sendo vista daquele jeito, naquele personagem. Mas agora ela não consegue sair ou mudar a rota, porque ela ficou conhecida assim, a agência quer que ela continue assim, e muitas pessoas dependem dela, para que ela simplesmente largue tudo. E logo depois, os stories "abertos" dela já vêm com ela sorrindo e fazendo a personagem de novo , como se estivesse tudo muito bem.
Fiquei tão reflexiva com isso, como a indústria explora o criador e o consumidor, fiquei triste por ela.
Ficar sabendo desse tipo de coisa em primeira mão deixa a gente reflexiva mesmo, né Júnnia? É impossível não parar para pensar e questionar toda essa indústria. Fico triste também, por quem está desse lado aqui e também por quem está do lado de lá, preso nessa espécie de cativeiro de ouro, desejando parar mas sem conseguir abrir mão porque, querendo ou não, para muitos isso é uma fonte de renda que paga as contas e sustenta famílias. O buraco é profundo! Muito para pensar e escrever sobre.
Obrigada pela leitura e pelo seu comentário.
Um abraço apertado em você.
Perfeito! Um dos grandes desafios para o autônomo hoje é precisar do Instagram e não se permitir ser engolido por ele e suas “obrigatoriedades”. O desafio de “aparecer” mas não aparecer totalmente, de ser vulnerável porém não se permitir ser. A quase impossível missão de viver uma vida “tranquila” em meio ao caos. É como se você quisesse silêncio mas você precisa vender na 24 de março. As vezes não tem escolha, o Instagram se tornou a grande lista telefônica dos dias atuais. Mas precisamos aprender a viver de forma mais tranquila em meio ao caos, sem se perder, sem ser levando com a correnteza. Esse pelo menos tem sido meu dilema.
Eu saboreei cada palavra desse texto! Que escrita prazerosa e que assunto extremamente necessário. Vou indicar na próxima edição da minha news também .
Eu tenho refletido tanto sobre o papel das redes sociais na construção da nossa realidade, percepção, opiniões e saúde mental que às vezes acho que estou sendo chata, batendo na mesma tecla em todo texto que escrevo.
Mas vejo que a única forma de sobrevier a isso é unir forças com quem também está falando disso e falar cada vez mais, conscientizar pessoas. E fico muito aliviada de ler um texto como esse! Que bom termos escritoras com textos tão incríveis trazendo verdades cruas e necessárias. Parabéns!
Eu tb tenho minhas pausas necessárias principalmente de Instagram, mas como fotógrafa eu ainda preciso dele. E mais que isso eu tb tenho o medinho de ficar por fora, quero saber dos shows, das exposições, ainda quero estar ali nem que seja menos. Bem menos.
E assim sigo, buscando o famoso equilíbrio e cuidando pra não apodrecer o cérebro.
Obrigada pelo texto!
No final das contas é isso que importa né, Regiani? Buscar aquilo que faz sentido para cada um de nós. Obrigada pela leitura e por deixar seu comentário aqui. Um abraço.
Que texto importante e potente! Como você mesmo disse, na maioria das vezes sabemos o quanto a plataforma nos empobrece (na concepção humana, financeira e mental) e mesmo assim continuamos nesse ciclo vicioso rolando os feeds. Não sei mensurar quantas vezes já pensei em hibernar minha conta, mas até o momento não havia conseguido. Espero que toda a potência tecida por você me proporcione o empurrão final pra essa atitude. Obrigada por tanto! 💫✨️
Que gostoso ler isso Elceline. Feliz que esse texto te encontrou e que ele possa vir a ser esse empurrão final. Sei que para muita gente o Instagram ainda faz sentido, mas eu sinto que os danos são grandes demais já que ele realmente nos vicia. Obrigada pela leitura e por deixar seu comentário aqui. Um abraço grande!
Uau, que texto bom! E que prazer descobrir seu trabalho, Verbena :) Com os últimos pronunciamentos do marquito (Mark Zuck…) eu fiquei me perguntando tanto “por que ainda estamos ali”? Me faltou resposta senão a inércia. Fui lá e deletei o app na metade do seu texto haha obrigada!
Ei Luiza! Ahhhh, que alegria saber que esse texto te encontrou e que te fez dar esse passo importante. As coisas por lá ficarão cada vez mais desafiadoras.
Feliz da vida em te receber aqui na Vagarosa, espero que você encontre um monte de nutrição nesse nosso acervo. Obrigada pela leitura e pelo comentário.
Um abraço em você!
Esse texto me dá um pouco de esperança, percebo que aos poucos as pessoas estão começando a cansar, uma a uma. Em algum momento, acredito que a sociedade possa voltar a ser constituída de seres que pensam por si só, que não precisem mais se apoiar nas muletas da influência. Quem sabe, né? Em todo caso, serão a passos de formiga.
Eu tenho esperança também, confesso. Acredito muito nesse movimento formiguinha, uma a uma, as pessoas escolhendo voltar, de vez, para a vida acontecendo fora das telas. Obrigada pela leitura e por deixar seu comentário aqui. Um abraço!
“Oceanar aquilo que verdadeiramente se é”. ♥️
Obrigada obrigada por mais esse bálsamo flecheiro. Por aqui tenho pensado em formas de não estar no Instagram e poder entregar/falar sobre/vender a minha medicina sem “precisar” estar lá. Já faço isso aqui, timidamente e esse ano farei mais, mas ainda me sinto como se “precisasse” estar lá, o que não é de nenhuma forma uma verdade.
De qualquer forma busco escolher publicar aquilo que realmente faz sentido compartilhar, e fico feliz quando do outro lado faz sentir, assim como acontece quando recebo comentários em meus Bálsamos aqui.
Intencionando com ainda mais força estar em uma mesa de café com você e ficar no mínimo 4 horas batendo papo! Haha
Beijos e abraços apertados! ♥️♥️♥️
Ahhh querida! Espero de coração que esse ano seja um ano super próspero para a Bálsamo, que você consiga divulgar sua medicina por aqui e que seu cafofo cresça e alcance novos leitoras, para que você não precise estar por lá. Sinto que pelo andar da carruagem, permanecer criando conteúdo para o Instagram será cada vez mais desafiador e menos gratificante. To também intencionando um encontro e longas horas de prosa. Até quando você fica por essa Europa? Vai para algum outro canto depois da Espanha?? Aquele abraço apertado em ti!
Obrigada V.!!!!
Por agora tem sido gostoso compartilhar sobre a viagem, pois consigo atualizar quem está do outro lado do mundo e torcendo por mim.
Por outro lado, compartilhar sobre a minha medicina tem sido desafiador, não sei bem o como fazer, e às vezes nem quero, e tenho deixado assim por enquanto. Sem me pressionar e sempre pensando em novas formas de servir.
Sobre a viagem, minha passagem de volta é na metade de março. Estou pensando em fazer o Caminho de Santiago, um sonho antigo, antes de voltar, mas essa não é a melhor época. Pensando ainda nas possibilidades.... E você, volta quando?
Beijos e abraços apertados. ❣️