É o que eu desejo que tivesse existido há 10 anos quando, ao abrir o livro Mulheres que Correm com os Lobos e começar a primeira das tantas leituras que se seguiram, eu dei o primeiro passo trêmulo em direção ao vazio.
O lugar onde o sonho da vida em profunda comunhão com a Natureza Selvagem deixa o campo do inatingível, do inalcançável, das fábulas, contos e da ficção que acontece na idealização e com fios de simplicidade se costura realidade.
O lugar onde seus dias cheios-corridos-e-atarefados são transformados em um campo de explorações corpóreo sensoriais, sem que você precise transformar a sua rotina do dia pra noite e criar espaço onde não existe para dar conta de mais uma lista infindável de coisas, práticas e afazeres que ao invés de semearem calma e presença, despertam ansiedade e a sensação de que você está ficando para trás.
Um santuário onde você encontrará uma guiança irreverente, altamente criativa, bem humorada e acolhedora e instruções práticas de como, por exemplo, transformar, ao ritualizar, a experiência do banho e o ensaboar da pele, o caminho de ida e volta do trabalho, a ida à padaria, os dez minutos na cama antes de entrar no sono e pousar no sonho, a masturbação e a experiência de se dar prazer, os respiros com a xícara de café quente em mãos, a mirada no espelho antes de sair de casa, a dança sozinha na cozinha com a colher de pau na mão enquanto o molho de tomate borbulha vermelho vivo na panela temperando o ar.
O lugar onde eu gostaria de ter pousado quando a Vida me convidou a cair no abismo para descobrir como ser irremediavelmente eu mesma, infinitamente mais viva e suculenta do que eu sabia ser e, ao invés de escolher pousar em celebração, eu escolhi pousar na martirização.
Depois de anos oscilando entre ora chorar em posição fetal no chão do quarto após leituras catarse desse livro oráculo e ora sair correndo vida afora com uma urgência desesperada e desesperadora tentando e provando de tudo, me consumindo viva em busca dessa tal mulher que de tão livre corre com os Lobos, eu enfim decidi parar tudo.
Parei de buscá-la e me permitir simplesmente derivar.
Derivar para longe do que eu até então acreditava ser a Selvageria, uma idéia que se encaixava perfeitamente nos esteriótipos de Mulher Selvagem que estampam garrafas devassas de cerveja, capas poderosas de revistas e panfletos místicos de círculos do sagrado feminino, e vagarosamente adentrar o território da minha mulheridade singular com as mangas arregaçada, colocando a mão na massa.
E desse belo experimento esse cafofo aqui no Substack nasceu.
Eu sei que você deseja costurar um caminho próprio pra fora de um jeito de viver e de ser que já expirou. Eu sei que você está faminta por uma nutrição que vá muito além de dicas rápidas de ditos experts, rotinas de auto cuidado insustentáveis criadas por influencers alienadas, mantras rasos e ineficientes que se resumem a eu me amo, eu me amo, eu me amo e técnicas de autoconhecimento que repetidamente te levam de volta pra cabeça te colocando em modo análises e falhando em te tirar da paralisis.
Eu sei que você deseja ser capaz de verbalizar seus desejos mais íntimos, uivar seus cânticos de liberdade, gemer alto de tesão e pingar libido fertilizando esse tempo árido no qual nós vivemos com uma suculência subversivamente sensível e vagarosa.
Eu sei que você deseja mais da experiência de estar viva e que sobreviver, criar filhos, gerenciar lares, pagar contas e dar conta do recado não é e nunca será suficiente.
Eu sei que você está grávida ou recém parida dos sonhos que ao adultecerem criarão uma nova realidade na Terra e trarão o tão esperado “tempos mulheres”.
E eu sei que você escuta o chamado do Mundo Natural para retornar para os braços da Sabedoria Selvagem e redescobrir a arte radicalmente feminina de ritualizar com a vida e fazer do ordinário, mágico.
Se eu te oferecesse agora mesmo uma pílula capaz de transformar a sua vida em uma terra radicalmente fértil onde a sua força sensível e selvagem floresceria com exuberância te mostrando a fonte inesgotável de uma potência avassaladora, eu arrisco dizer que você não recusaria.
Pegaria um copo d’agua e engoliria a solução.
Acontece que não há pílula e não há passe de mágica.
Mas existe esse cafofo aqui, um lugar bem real ainda que virtual, uma biblioteca de bálsamos, práticas e rituais atemporais capazes de vagarosamente te fazerem de-vagar por territórios ainda não visitados do seu mundo interior e, dia após dia, transformar a forma como você olha para você, pro seu corpo-sábio e para essa vida que é a sua.
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O próximo encontro acontecerá no dia 10 de Março.
Mais do que só te inspirar a ser irremediavelmente você o que eu faço, através dos conteúdos exclusivos da assinatura paga do Vagarosa e nos encontros ao vivo é te nutrir, te guiar e te ensinar formas simples de cultivar a suculência da sua Mulheridade Vagarosa, estabelecer de uma vez por todas uma conexão inabalável com a potência avassaladora da sua Natureza Selvagem e transformar sua vida em um campo de experimentações corpóreo-sensoriais para fazer daquilo que a princípio é uma pequena centelha um fogo encorpado capaz de iluminar seus escuros e fazer borbulhar o caldo suculento da sua energia vital, criativa e sexual.
Um brinde devasso ao entrelaço dos nossos caminhos e a aventura radicalmente viva e vagarosa na qual você está prestes a embarcar.
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Te espero do lado de dentro!
Com amor e ansiosa por te conhecer,
Verbena Cartaxo.